Estão sobrando vagas de emprego para desenvolvedores de software. Sim, isso mesmo! Para os programadores que desejam trabalhar com times de fora do Brasil (e eventualmente migrar para os Estados Unidos e Canadá), é uma época de ouro. Porém, a busca por oportunidades reais merece atenção: existem desafios e armadilhas. Se preparar é fundamental para encontrar vagas que impulsionarão a sua carreira internacional como dev. Aprenda como neste artigo. 

Como assim, dá para ter uma carreira internacional como dev?

Muitas pessoas da área de  tecnologia – gestão e design de produto, engenharia de software, dados, etc. – são excelentes tecnicamente. Porém, pecam por não pensar estrategicamente suas carreiras a partir de outras competências. Conhecimento em gestão de pessoas e soft skills muitas vezes ficam de lado. Assim, acabam por limitar as oportunidades e a qualidade de vida desses profissionais.

Quem pode trabalhar nos Estados Unidos na área de tecnologia?

60% dos CIOs relataram que a falta de talentos tornam suas empresas menos competitivas. Pior ainda, a KPMG entende que isso está atrasando o ritmo de inovação. Isso significa que há uma busca sem precedentes para pessoas que:

  • Estudaram Ciência da Computação, Processamento de Dados, e Desenvolvimento de Software. Seja na graduação, em cursos técnicos e profissionalizantes, ou autodidatas.
  • Falam inglês ou outro idioma que permita que trabalhem em times internacionais e multidisciplinares.
  • São responsáveis e colaborativos, não precisando de micro-gestão. Pessoas que dão visibilidade ao próprio trabalho, sabem pedir ajuda, e compartilham conhecimento.

Sobram vagas em todos os papeis do Ciclo de Desenvolvimento de Produtos, e as empresas começaram a buscar talentos aqui no Brasil. Contudo, chamam para os seus times somente quem se destaca.

Mas por que trabalhar para uma empresa de fora? 

Se você já teve a oportunidade de conhecer pessoas de outros países, percebeu que há muito por descobrir. Quando passamos a ter contato com outras culturas e regiões, somos inundados por novas ideias, gostos, e até mesmo valores. Acelerar sua carreira internacional na área de tecnologia potencializa seu crescimento como profissional e pessoa. 

Mas então qual a diferença entre trabalhar como dev para uma empresa americana e uma empresa brasileira? Depende do que você procura. Ter um currículo adequado às duas realidades permite você a ter poder de escolha. E isso não tem preço! Vamos elencar alguns diferenciais que você só conquista se for um trabalhador global:

  • Avanço tecnológico: se você tem mais opções de emprego, passa a ter acessso a tecnologias inovadoras. Você pode aprender novos métodos e aplicações.
  • Regimes de trabalho: dependendo da fase de vida, você pode optar entre ter mais segurança e estabilidade ou menos compromisso e mais flexibilidade. 
  • Remuneração atraente: com mais ofertas na mesa, fica mais fácil encontrar uma que agrade o seu bolso. Mas fica o alerta: ganhar em dólar nem sempre é a melhor opção. Coloque na ponta do lápis gastos para trazer o dinheiro para o país, plano de benefícios, bônus, etc.. É o único jeito de ter certeza de que você vai, realmente, ter mais dinheiro no fim do mês.

Como trabalhar desenvolvendo software para uma empresa americana?

Infelizmente, a melhor maneira não é a mais fácil. Para conseguir um emprego trabalhando para empresas americanas ou canadenses, não tem segredo. É o mesmo caso de quem procura emprego no brasil: o seu network (rede de contatos) faz toda a diferença.

Você e a qualidade do seu trabalho precisam se tornar conhecidos dos CTOs, diretores, e líderes de tecnologia. O processo pode ser mais demorado ou mais lento, dependendo da sua estratégia. Algumas boas dicas são:

  1. Acompanhe eventos online. Muitos são gratuitos e ajudam você a encontrar a sua comunidade (técnica ou por afinidade). Não subestime o poder de fazer uma pergunta inteligente a um palestrante.
  2. Cresça o seu portfolio. Ao invés de dizer, mostre o que você sabe fazer – fazendo! Participe de projetos voluntários, entre para comunidades open source, e atualize o seu GitHub.
  3. Conte com quem entende. Há empresas e consultorias especializadas em fazer a ponte entre profissionais estrangeiros e empresas nos Estados Unidos.

E aí, você pensa em trabalhar com times de fora do Brasil? Quer saber como começar? Listamos diferentes maneiras de chamar atenção de empregadores americanos.

3 maneiras de impulsionar a sua carreira internacional como dev

Talvez você até já saiba onde encontrar vagas de emprego remotas desenvolvendo software. Mas é importante escolher entre as diferentes alternativas a que casa melhor com o seu momento de vida. 

#1 Inscrevendo-se em plataformas para freelancers 

As plataformas de projetos são uma boa opção para quem quer construir portfólio rápido. Você treina um conhecimento técnico específico à exaustão, tem total mobilidade em termos de geografia, e os horários são seus.

O lado ruim é que este tipo de trabalho (famosa gig economy) não dá a você a chance de se aprofundar em um segmento de mercado ou produto. Também não há estabilidade de fonte de renda, o que exige mais disciplina na gestão de dinheiro.

#2 Atuando através de um parceiro brasileiro das empresas americanas 

Existem plataformas de vagas brasileiras com listas de vagas para empresas americanas. Contudo, elas funcionam como os antigos classificados: informações pela metade, e sem apoio. É bom para quem tem pressa em encontrar uma oportunidade, pois elas trabalham com base em volume. 

Para quem quer tratamento VIP (mas sem pagar por isso), é melhor olhar para agências que prestam serviço de ponta-a-ponta. O motivo é simples: empresas sérias, que querem oferecer boas condições de trabalho, estão preocupadas com compliance.

É o caso, por exemplo, das empresas americanas e canadenses clientes da Ubiminds. Elas nos contratam para ser suas representantes legais, garantindo o atendimento à LGPD, legislação trabalhista, e assim por diante. Para quem está começando a sua carreira internacional como dev, isso assegura descanso remunerado, aviso prévio, aulas de inglês, mentorias, e outros benefícios que um terceirizado padrão não teria.

#3 Sendo contratado diretamente para trabalhar no exterior

Se você já passou pelas duas etapas acima, pode ser que este seja o momento para evoluir em sua carreira internacional como dev. Mas atenção, já que a legislação americana é bem mais permissiva. Diferente do que acontece no Brasil, lá, o modelo favorece a empresa ao invés do trabalhador. 

Ao negociar o regime de contratação, pergunte:

  • O descanso é remunerado? Pergunte se férias e fins-de-semana são descontadas, assim como a consulta/acompanhamento de dependentes a médicos. Nos Estados Unidos não há licença-paternidade e licença-maternidade. Se você planeja ter filhos, convém discutir o tema.
  • Como ficam questões de saúde? O que acontece se você tiver um problema de saúde? Algumas empresas oferecem seguro de saúde para os colaboradores Full-time Employees. Porém, isso não se extende a Independent Contractor (terceiros), e menos ainda para aqueles que estão fora do país.
  • Há incentivo à educação continuada? É comum que empresas exijam certificações e aprimoramento profissional. Confirme se este investimento será exclusivamente seu.

E aí, já decidiu qual dessas três maneiras de impulsionar a sua carreira internacional em empresas de tecnologia tem mais a ver com os seus objetivos? Ainda não? Fale com a Ubi para descobrir o seu caminho!